IL MST e l'attacco al governo Lula



Il 1° Luglio Manifestazione a Goiania contro il golpismo, la corruzione e
per cambiamenti nella politica economica.


Nella lettera diffusa dal Movimento sabato, il MST, dopo un bilancio sugli
aspetti negativi (politica economica) e positivi (soprattutto la politica
estera e in particolare il dialogo con il Venezuela, che ha inquietato
capitale trasnazionale e USA),   sostiene di essere a favore
dell'accertamento di tutte le denunce. Ma "è chiaro che la destra ha
utilizzato la situazione per anticipare il calendario elettorale" sostiene
il documento firmato dalla Segreteria Nazionale.  La destra punta o dare uno
scossone al governo una volta per tutte e consolidare una propria
candidatura, o a fare un nuovo patto con il governo nel quale si stabilisca
la realizzazione di politiche più di destra e nessuna modificazione del
programma economico. Un esempio chiaro è la proposta di privatizzazione
delle poste (come mezzo di evitare la corruzione) seguendo così i dettami
dei mutamenti neoliberisti.

Siamo contro la corruzione, sostiene il MST, ma siamo anche contro questo
golpismo. Per questo sosteniamo che vanno appurate tutte le denunce sia
contro il governo Lula che contro i governi anteriori, principalmente quelli
di Fernando Henrique Cardoso.

Questo è un momento di decisione. Si tratta di uno scontro di progetti. Il
governo può sviluppare il tipo di polita sviluppato fin qui, o decidersi a
schierarsi dalla parte del popolo, riassumere i suoi impegni  della campagna
elettorale con i 53 milioni di brasiliani e brasiliane che lo hanno eletto.

Dobbiamo scendere in strada, appoggiare le decisioni di cambiamento nella
politica economica e la priorità della realizzazione dei diritti sociali.
Esigeremo dal governo dimostrazione che sta dalla parte del popolo
attraverso la democratizzazione e la difesa delle imprese statali e dei
diritti sociali, a favore delle riforme politiche democratiche e della
Riforma Agraria. 









Ano IV - nº 92 
sábado, 18 de junho de 2005
Uma opção pelo povo brasileiro
Caros amigos e amigas do MST,

Em 2002 elegemos Luís Inácio Lula da Silva presidente do Brasil. Foi a
primeira vez que um representante do povo, liderança da classe trabalhadora,
assumiu o comando da nação. Mas já durante a campanha eleitoral, no
lançamento da Carta aos Brasileiros, demonstrava-se a intenção de garantir
aos credores internacionais e ao mercado brasileiro medidas semelhantes às
que marcaram o governo Fernando Henrique Cardoso.

Mesmo com essa sinalização, o povo brasileiro se encheu de esperança e
expectativas e votou em Lula pela mudança nessa política econômica. Com o
passar dos meses, as perspectivas de mudanças em prol da justiça social
foram diminuindo conforme os juros aumentavam. Ficou nítida a opção por uma
política claramente neoliberal, baseada na alta de juros - a taxa básica,
Selic, se mantém em 19,75% e é considerada a maior do mundo - , no estímulo
às exportações e na garantia do superávit primário, que deve atingir R$83
bilhões em 2005. Os recursos para a Reforma Agrária, a educação, a saúde, o
saneamento e a infra-estrutura do país foram para segundo plano.

Por outro lado, a política externa de diálogo com a Venezuela de Hugo Chávez
e as mobilizações populares no Equador e na Bolívia, deixavam o capital
transnacional e o governo estadunidense de George W. Bush inquietos.

Para acalmá-lo e garantir o funcionamento do governo, alianças com setores
conservadores da política e da sociedade, inclusive a imprensa, foram
firmadas. A base do governo não era mais apenas os movimentos populares e a
sociedade civil, apesar da experiência histórica demonstrar que o Congresso
Nacional jamais deixou de aprovar um projeto que conseguiu obter apoio na
opinião pública. 

Com as denúncias de corrupção divulgadas nas últimas duas semanas, o circo
foi armado. A elite utilizou as declarações de Roberto Jefferson (PTB), da
base governista, para criar uma cortina de fumaça e enfraquecê-lo,
levantando até a possibilidade de impedimento.

O Movimento Sem Terra defende a apuração de todas as denúncias, até as
últimas conseqüências. Mas está claro que a direita utilizou a situação para
antecipar o calendário eleitoral. Ou eles investem de vez no enfraquecimento
do governo e partem para a consolidação de uma candidatura, ou fazem um novo
pacto, com o estabelecimento de políticas mais à direita e sem alteração na
economia. Um exemplo claro é a proposta de privatizar os Correios como forma
de evitar a corrupção, seguindo assim os ditames das mudanças neoliberais.

Somos contra a corrupção, mas também somos contra esse golpismo. Por isso,
defendemos a apuração de todas as denúncias do governo Lula e dos governos
anteriores, principalmente FHC.

Este é um momento de decisão. Trata-se de uma disputa de projetos. O governo
pode ampliar a política que vem aplicando até agora ou pode vir para o lado
do povo, retomar seus compromissos de campanha com os 53 milhões de
brasileiros e brasileiras que o elegeram. Precisamos ir para as ruas,
mostrar o apoio às decisões de mudanças na política econômica e a prioridade
do cumprimento dos direitos sociais. Vamos exigir do governo demonstrações
de que está ao lado do povo com a democratização e a defesa das empresas
estatais e dos direitos sociais, a favor das reformas políticas democráticas
e da Reforma Agrária!

Forte abraço, 

Secretaria Nacional do MST.
Breves
Mobilização em Goiânia

Em 1° de julho, durante o Congresso da União Nacional dos Estudantes, a
Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) realiza passeata contra o contra o
golpismo, a corrupção e por mudanças na política econômica.